É PURA IMAGINAÇÃO! Saiba mais!

Descubra por que às vezes viajamos nos pensamentos e veja o que acontece com nosso corpo nesse momento. 

Já deve ter acontecido de você de estar sem nada para fazer ou esperando os amigos para brincar quando de repente começa a imaginar que está em um lugar totalmente diferente. Olhando pela janela, você pensa que apesar de estar chovendo não está frio. Como seria morar em um lugar gelado, com muita neve? Não deve nem dar vontade de sair de casa. Mas, Harry Potter e sua turma enfrentam temperaturas super baixas no castelo de Hogwarts. Se bem que apesar disso eles participam de campeonatos de quadribol, encaram dragões e dementadores... Quem não gostaria de fazer parte disso tudo? E isso porque você só estava quieto no seu canto! Viu como a imaginação vai longe? 

Ela começa com algum estímulo externo, que percorre nosso corpo até chegar ao cérebro, um super computador orgânico, onde todas as informações recebidas pelo corpo são processadas. O incentivo para imaginarmos alguma situação pode ser uma fotografia ou uma imagem que observamos (visual), uma música no rádio que nos faz pensar em como será a volta às aulas (auditivo), um perfume cheiroso que nos lembra nossa mãe (olfativo), um bolo delicioso que dá vontade de ir a uma festa de aniversário (gustativo) ou ainda um calor tão forte que nos transporta quase que automaticamente para uma praia (tátil). Já deu para perceber que a imaginação sempre está ligada aos sentidos. Às vezes, são até dois deles juntos que dão o pontapé inicial para “viajarmos”, como quando vemos um filme e nos imaginamos nele (estímulos visual, da imagem, e auditivo, da fala dos personagens).

Os órgãos responsáveis pela percepção de cada um desses estímulos (por exemplo, o nariz que sente o odor) envia impulsos nervosos para a área de memória do cérebro (localizada em XXXX). Lá, existe uma área de memória visual, outra de memória olfativa e assim por diante, onde está armazenado tudo que a gente já viu ou experimentou, como imagens de paisagens bonitas, sabores de comidas, músicas etc. Quando o estímulo atinge essas regiões, elas são ativadas e começam a fazer uma associação com tudo o que já passou por nós. É como se fosse uma grande biblioteca, cheia de livros. Quando uma pessoal chega lá querendo informações sobre borboletas, o bibliotecário vai fazer uma pesquisa para encontrar tudo que pode ser associado ao assunto.

A partir daí, a criação fica por nossa conta. Inconscientemente selecionamos o que mais nos marcou e construimos uma história do jeitinho que queremos. É por isso que nessa hora podemos tudo: nadar na chuva, tomar sorvete o dia todo, enfrentar aliens super periogosos, viajar no tempo...

O mais legal é que as crianças conseguem ir realmente longe na imaginação, pois os estímulos são muito mais intensos nessa época da vida. Já reparou como uma criança presta atenção em tudo o que está à sua volta? Tudo é novidade e curioso de observar. Os adultos, que já viram as coisas muitas vezes, nem se surpreendem mais. As coisas novas ativam muito mais a área cerebral responsável pela imaginação do que um estímulo que estamos cansados de ver. Essa é outra vantagem de ser criança!

Linha do tempo

Veja como nossa imaginação vai se arrumando desde que somos bebês.

Até 1 ano: recebemos apenas estímulos externos.

De 1 a 5 anos: começamos a interpretar todos os estímulos. Por exemplo, se apontamos um lápis, já imaginamos que ele pode escrever.

De 5 a 8 anos: nossa memória se forma, juntando tudo o que vemos.

A partir de 8 anos: nossa memória está formada e passa a ser ativada quando recebemos estímulos sensoriais. Já estamos prontos para entrar no mundo da imaginação!

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