O livro O chamado do monstro, de Patrick Ness, que inspira o filme Sete minutos depois da meia-noite, volta às livrarias com sobrecapa.
Obra da Ática, lançada em 2011, traz as ilustrações originais de Jim Kay e tradução do escritor Antônio Xerxenesky.
Para não esquecer: Escuridão. O vento, os gritos. Os olhos estatelados, a respiração entrecortada. É o pesadelo de novo, como em quase todas as noites depois que a mãe de Conor ficou doente. A escuridão, o vento, os gritos – e o despertar no mesmo ponto, antes de chegar ao fim. Tudo é tão aterrorizante que Conor não se mostra nem um pouco assombrado quando uma árvore próxima à sua casa – um imponente teixo – transforma-se num monstro. Além disso, ele precisa lidar com coisas mais urgentes e graves: o reinício do tratamento contra o câncer do qual sua mãe terá de se submeter, a vinda da avó para “ajudá-los”, a permanente ausência do pai desde que foi morar com a nova família e o pesado bullying na escola, do qual é vítima quase todos os dias. Tudo muito mais perturbador do que uma criatura feita de folhas e galhos (mesmo que pulsem e se contorçam). Só que o monstro sabe que Conor esconde um segredo. E isso o torna realmente assustador. Por que Conor deveria dar ouvidos ao que parece imaginado? Por que o monstro parece ser a única criatura a estar ao seu lado diante de seus maiores medos: perder a mãe e contar a verdade sobre o que sente.
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