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Marvel Studios progride e muda o cinema

Divulgação. © Marvel Studios
Em 2018 a Marvel Studios irá completar dez anos desde que produziu Homem de Ferro, seu primeiro longa. E por todo este tempo, ao final de cada um dessas produções, sempre tivemos cenas pós-créditos e ficávamos ansiosos por sequências que expandiriam o Universo Cinematográfico da Marvel.
Cenas pós-créditos e franquias existem no cinema muito antes da Disney adquirir a Marvel Studios e iniciar toda a concepção de seu universo, mas quase uma década depois, as franquias deixaram de ser trilogias, e hoje estendem-se de forma maior devido o sucesso dos heróis da casa das ideias, forçando os estúdios a adotarem tais medidas que tornaram-se indispensáveis e que definitivamente quebraram esses paradigmas hollywoodianos.
Ao final do primeiro Homem de Ferro presenciamos a aparição de Nick Fury, interpretado por Samuel L Jackson, o que nos deu a entender que algo grande estava por vir no futuro; o espião se apresenta como diretor da S.H.I.E.L.D. e explica que a visita diz respeito à ‘Iniciativa Vingadores’. Ainda no mesmo ano, O Incrível Hulk chegaria aos cinemas com a participação surpresa de Tony Stark, dando a entender que sim, a Marvel tinha planos para o futuro.
Pois então daremos um salto temporal de nove anos. Sim, o ano é 2017, e a Marvel Studios não entrega um ou dois filmes, mas três por ano: Guardiões da Galáxia Vol.2Homem-Aranha De Volta ao Lar e Thor Ragnarok. Fruto de um grande planejamento, ao passar dos anos a equipe de Kevin Feige conseguiu aprimorar o controle criativo e assim produzir mais que um filme por ano e além disso o progresso tornou-se constante possibilitando até mesmo cinco cenas pós-créditos, como mostrado em Guardiões da Galáxia Vol.2.
James Gunn recebeu uma missão como qualquer outro diretor caído no boca-boca de hollywood: superar o sucesso de seu filme original, como aconteceu com Sam Raimi em Homem-Aranha 2 e Christopher Nolan em O Cavaleiro das Trevas. Porém o diretor preferiu ir pelo caminho oposto, pois nunca pensou que deveria tentar fazer algo maior; mas escrever um filme de sua autoria após ter seguido às regras do estúdio — acordo que existe na indústria por anos.
O primeiro Guardiões da Galáxia teve um cuidado maior pelo estúdio, por se tratar de uma aposta arriscada, ao contrário de sua sequência, que desde o planejamento foi argumentada por James Gunn para ser um longa mais independente, que não iria se interligar ao MCU, pois o diretor enfim ganhou a liberdade para fazer o trabalho da maneira que quisesse, e que só foi possível graças ao estrondoso sucesso do original, dito isso, ele não hesitou em acrescentar cenas que nada mais enriqueceriam o próprio universo cósmico comandado pelos guardiões.
Thor: Ragnarok claramente foi um filme pensado pelo sucesso de Guardiões da Galáxia. O deus do trovão e sua terra natal, Asgard, foram adaptados e tornaram-se uma espécie de vikings de ópera espacial que nunca agradou o público como o Homem de Ferro ou o Capitão América. A jogada da Marvel Studios foi justamente tomar James Gunn como exemplo e escalar Taika Waititi, diretor de filmes indie, para poder colocar sua própria visão neste vindouro filme. A autoria toma forma dentro da fórmula Marvel.
Vermos howard o pato, Silvester Stallone, David Hasselhoff e até mesmo os Vigias — a famosa raça alienígena que observa tudo que acontece no Multiverso Marvel — sendo fanservices que aconteceram graças ao ardiloso trabalho iniciado há quase uma década que mudou o cinema e abriu portas para produções mais independentes da Marvel que só agora encontraram o momento perfeito para brincar num playground repleto de easter eggs.
E se toda a trajetória da Marvel Studios servir de exemplo para os estúdios concorrentes, a paciência com certeza deveria ser uma virtude.

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