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FAIRY TAIL: AME OU ODEIE



Kodansha / A-1 Pictures / Divulgação
Todo fã de animes sabem o quão essa indústria é munida de Shonen (animes dedicados ao público jovem), e em geral, fazem sucesso não somente no mercado japonês, mas também no mundo todo. EFairy Tail é uma dessas obras, mas como uma peculiaridade: ou você gosta muito, ou odeia demais. E é justamente isso que iremos falar. Os prós e contras desta obra, que quer você goste ou não, fez e ainda faz (com a continuação Fairy Tail 100 Years Quest, lançada em Julho) sucesso.
O mangá Fairy Tail foi criado, escrito e ilustrado por Hiro Mashima em 2006 e publicado na revista Weekly Shōnen Magazine com 63 volumes publicados e que durou até agosto de 2017. A história segue Lucy Heartfilia é uma jovem maga de 17 anos que deseja tornar-se uma maga evoluída. Para isso, ela terá que entrar em uma guilda de magos, para ganhar dinheiro para sobreviver e também para aprimorar suas habilidades. Assim sendo, ela chega até a cidade de Hargeon, onde encontra Natsu Dragneel e Happy. A partir de então, as aventuras dos nossos protagonistas começam aprontando altas confusões (texto digno do narrador da sessão da tarde).
A história parece ser bem simples, e na sua essência ela é mesmo, porém a nuances interessantes na obra. Aqui somos apresentados a muitos tipos de criaturas mágicas, principalmente os dragões, que são parte essencial no enredo de Fairy Tail. Toda construção daquele mundo não é difícil de ser entendida, e isso é legal de notarmos na obra de Mashima.
As construções de personagens também é um caso a parte, pois cada pessoa ali, tem características próprias, que o distingue dos outros. A relação que se estabelece no inicio da obra entre Natsu e Lisanna, e o sentimento e culpa pelo que aconteceu com ela, é muito bem trabalhada. Você sente a introspecção do personagem e a relação do Natsu de não se apegar tanto a Lucy, pelo medo de que aconteça a mesma coisa que aconteceu com a Lisanna, é algo muito bom. Essa humanização do personagem, fazendo um paralelo com a realidade, traz uma empatia com o público, pois é algo muito plausível que pode acontecer na vida real.
As lutas também são muito bem-feitas, e isso quando foi adaptada para anime (em 2009 a 2013, e depois uma nova temporada de 2014 a 2016) notamos ainda mais como as lutas são boas, fluidas e um dinâmica bastante interessante. Seus vilões principais (tanto o Acnologia como o Zeref) são genéricos, porém existe motivações boas, principalmente se tratando do Acnologia, que meio que enlouquece pelo poder.

Pontos negativos

Mas, como nem tudo são flores, Fairy Tail tem digamos seus “pecados” e não são poucos, se formos parar para analisar, a começar pelo excesso de E@#hi, que é um termo japonês usado para sensualização de determinados personagens, e em quase cem por cento das vezes, com mulheres. Essa situação incomoda demais ao ponto de ter uma “luta” no arco dos Grandes Jogos Mágicos, entre duas mulheres, que batalham para ver que é a mais bonitas, e para tal, fazem poses sensuais e ficam somente de biquíni (meu Deus, que lástima)
Outra situação, que todo mundo não gosta em Fairy Tail, é o famoso “poder da amizade ganha tudo”. Não tem uma batalha em que o Natsu enfrenta, que ele não ganhe com um discurso de que “eu faço isso pelos meus amigos” ou ainda “minha guilda é a minha família e são quem eu devo proteger”. Isso não seria problemas, se não se tornasse algo massivo, repetitivo e muito cansativo, e todas as lutas disputadas por ele, aí não tem como defender, isso é uma coisa que incomoda demais.
E para finalizar as coisas ruins, vou compilar duas coisas em uma, que é a falta de “realismo”e a morte tratada na obra. Mas você deve estar se perguntando, “mas o que esperar de realista numa obra de ficção?”  Sim, você esta certo, até a paginas dois caro leitor. Aqui temos uma síndrome, que está assombrando com grande força no mercado dos animes japoneses: o politicamente correto ou a censura de determinadas situações.
Em Fairy Tail, dá para contar nos dedos, as vezes que realmente teve sangue, e se teve foram raríssimos estes momentos (como também ocorreu em Dragon Ball Super). As batalhas são extremamente acirradas e rola socos e chutes, e nada do sangue e de machucados. Mas esse não é um problema exclusivo de Fairy Tail, outras obras como eu já disse, estão seguindo por este caminho.
E a morte retratada na obra de Hiro, é bem malfeita, pois quase não tem. Você dá para contar nos dedos também, quantos personagens morreram na obra, que tiveram grande relevância em Fairy Tail, isso é lamentável. E quando acontece uma morte, e se constrói algo muito bom em torno dela, Mashima vai lá, e trás de alguma maneira o personagem de volta. É decepcionante esta falta de humanização destas situações.
Esperamos que a terceira temporada do anime (a última temporada de Fairy Tail), que será lançada em Outubro de 2018, mude muitas coisas que Hiro Mashima, não soube trabalhar no mangá, principalmente o seu “final” que foi bem decepcionante também, mas não podemos negar, que Fairy Tail é um grande sucesso, com mais de 60 milhões de exemplares vendidos, e por justamente isso, esperamos sempre o melhor da obra.

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