1 - Por que a água tem sombra?
Isso acontece porque, quando a luz encontra a superfície da água, parte dela pode ser refletida (fenômeno chamado de reflexão) e a outra parte pode penetrar na água (refração) – a luz encontra resistência ao atingir a água porque esse líquido tem densidade e volume (apesar de ser transparente, a água ocupa um espaço no ambiente). Assim, a luz não consegue ultrapassar a água completamente e fica impedida de atingir algum ponto. Isso projeta uma sombra.
2 - A água mata germes e bactérias?
A água pura não tem qualquer poder para matar germes e bactérias. Mas o calor pode eliminar parte deles – alguns germes e bactérias só sobrevivem até determinada temperatura. Por isso, a água fervida, acima de 70 graus Celsius, mata muitos microrganismos. No entanto, a maior parte dos seres microscópicos que fazem mal à saúde humana possui estruturas para resistir à alta temperatura. Por isso, apenas água fervendo não resolve todos os problemas de contaminação.
3 - Beber água em excesso faz mal?
Faz mal, mas só se você tomar quantidades superiores a 4 litros de água por hora – o que não é uma tarefa fácil! Nesse caso, existe risco de sofrer uma intoxicação chamada de hiponatremia: os rins não conseguem filtrar a quantidade de água ingerida rapidamente e ela vai para as células, que começam a inchar. Aí, a entrada de água nos neurônios (células do sistema nervoso) causa dor de cabeça, convulsões, náusea, confusão mental, problemas respiratórios e pode levar à morte. E vale lembrar: ingerir cerca de 2 litros de água por dia é importante para o bom funcionamento do seu corpo.
4 - Por que a água quente evapora?
Por causa de um processo físico chamado de evaporação. Ele acontece de forma espontânea: no momento em que as moléculas de água se agitam o suficiente para superar a tensão que as segura juntas (em estado líquido), elas se desprendem umas das outras na forma de vapor. Quanto mais quente for o líquido, mais facilmente as moléculas vão romper essa barreira e virar vapor.
5 - O que faz a água não ter cor?
A água de boa qualidade (bem tratada e sem bactérias ou outros microrganismos) não deve apresentar cor porque não absorve radiação eletromagnética visível. A água não contém as estruturas chamadas de cromóforos – capazes de absorver radiação visível, dando cor ao material. Mesmo assim, em grandes quantidades, a água pode ter coloração azulada. Nesse caso, ocorre um fenômeno chamado de dispersão da luz: pequenas partículas de impureza na água fazem a cor azul, que atinge o líquido, se espalhar, criando o tom.
6 - Tomar água com açúcar acalma?
Segundo os cientistas, a mistura de água com açúcar não possui qualquer propriedade calmante. O efeito é psicológico: a pessoa acredita que vai se acalmar e o método acaba funcionando. Além disso, o ato de beber a água muda o foco de atenção por alguns instantes. Assim, a pessoa respira mais devagar e se sente mais tranquila. Vale tentar outras técnicas, como respirar fundo e contar até dez.
7 - Como recuperar a água do planeta Terra?
Ações de sustentabilidade ajudam nisso. Por exemplo: fechar a torneira ao escovar os dentes, usar a água da chuva ou da máquina de lavar roupas para limpar o carro ou o quintal, tomar banhos mais rápidos e recuperar a vegetação de áreas desmatadas, protegendo as nascentes e margens dos rios. Outra possibilidade é recuperar rios poluídos. Essa é uma tarefa difícil, mas existem casos bem sucedidos, como o do rio Tâmisa (Inglaterra). Considerado o mais sujo da Europa no século 19, ele hoje é o mais limpo do mundo a cruzar uma metrópole.
o Instituto de Biociências da USP).
CONSULTORIA: ANDERSON CAPRONI (PROFESSOR DO NÚCLEO DE ASTROFÍSICA TEÓRICA DA UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL), CLÁUDIA PADOVESI (PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA DA UNB), CLÁUDIO H. FURUKAWA (FÍSICO DO INSTITUTO DE FÍSICA DA USP), CRISTIANO FIORILO (PROFESSOR DE ENGENHARIA ESPACIAL DA UFABC), IAGO LAVORATO (PROFESSOR DE FÍSICA DO COLÉGIO PARTHENON), JORGE L. MELLO SAMPAIO (MÉDICO ASSESSOR PARA MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA DO FLEURY MEDICINA E SAÚDE), JOSÉ SCHIFINO (PROFESSOR DO INSTITUTO DE QUÍMICA DA UFRGS) E RENATO ZILLI (ENDOCRINOLOGISTA DO HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS).
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